quarta-feira, março 01, 2006

Carnaval 5 - Apoteose? (ou funeral?)

Nada a fazer. Nada a prometer. Esta é a minha última oportunidade.

varina


espanhola (alguém tinha dúvidas?)


Lá fui crescendo reproduzindo com respeito a imagem do meu e de outros povos, quando o tempo de poder experimentar ser outro chegava e se cumpria. Quando as cores dos momentos ficavam apenas guardadas na memória. Enquanto crescia, chegou o tempo da cor nas fotos virtuais sem álbum, do viajar sem ir, do dinheiro que sai das paredes... para alguns povos apenas. O tempo de, por vezes, se sentir saudade de uma certa simplicidade nos dias...

deserto do Saara - traje das mulheres


Lentamente... a subversão. Ser outro quando não era tempo de Carnaval. Festas temáticas para experimentar outras cozinhas, outros cheiros, outras sensações. Ou talvez já pressentindo a morte do Carnaval que sempre conhecemos como um tempo louco, mas curto e situado.




Agora, já sem vontade de disfarces, recuso ser o outro que querem vestir em mim. E, por isso, já nem me apetece experimentar ser outro quando o calendário deixa ou quando simplesmente me apetece. (Medo de que me continuem a confundir com aquelas bonequinhas desenhadas num livro, que vestíamos com roupas de papel, num tempo sem dinheiro, sem plástico e sem barbies?)

Acho que hoje, finalmente, consegui cumprir a promessa de celebrar o Carnaval a sério:

fiz o Enterro das Cinzas.

4 comentários:

Anónimo disse...

Que saudades dessas bonequinhas de papel! Que lindas e puras! Não havia Nancy, nem Barbie, nem... Nem lembro mais o nome da outra que nunca tive, outra famosa da época, que fazia pirraça à Nancy, pelo menos. Eu, mesmo sem jeito nenhum, jamais, para o desenho, até me atrevia e amava criar-lhes os próprios fatinhos, a partir do molde original. Algumas chegaram a ter vários belos conjuntos de fatiotas, sempre modelos originais, de todas as cores e feitios. Tudo tão baratinho mas tão cheio de um sonho e riquezas sem igual. Muitos anos mais tarde, os meus primitos já tinham bonecas e bonecos "a sério", mas, mesmo assim, não deixei de os ensinar a fazer bonequinhos de papel, com as suas vestimentas de papel, cujo valor nunca terá igual.

E tu, 3za... Que mulher encantadora, linda, cujas fotos só o confirmam! Por momentos, viajei até outras paragens... e quis deixar-me ficar...

Teresa Martinho Marques disse...

Corei. Ups. És uma querida. Obrigada. ;)
Beijinhos

matilde disse...

Venho aqui dizer que adorei o espaço que fizeste para os teus alunos... (eu sei que era para os alunos... mas... não resisti :P)
Estás uma artista nestas coisas das tecnologias! Até fiquei com vontade de me aventurar nestas lides para a minha Oficina de Matemática :) [Se se concretizar, prometo que te deixo o endereço... mas não sei se os meus conhecimentos tecnológicos chegam a tanto...]
Um beijinho grande e um bom regresso à escola e aos teus queridos alunos!
[Eu hoje já regressei, mas a escola nem parece escola sem alunos... parece que estou a trabalhar algures no meio do deserto... mas amanhã já regressa o som alegre da criançada :)]

Teresa Martinho Marques disse...

Ainda bem que gostaste! E não é só para alunos... eu ainda gosto de ler histórias... e é um espaço que pode servir para filhotes espalhados por aí por todo o lado... quando vos faltar uma história ou um poeminha, podem sempre vir até aqui. Vou fazer um esforço para ir escrevendo e actualizando, não só a matemática como os outros sabores. Este é um meio fantástico e privilegiado. Já viste que para o ano quando os meus pequeninos do 5º chegarem, já tenho esta prendinha para partilhar com eles (e mais blogues para construir...)! É só pensando neles que vou encontrando a energia... Deves ter reparado que remodelei tudo de ontem para hoje... para lhe dar um arzinho mais "cool" e menos rústico. Aproveitei as "férias" para explorar bem o frontpage e ir descobrindo, mesmo com as limitações deste programa, como lhe dava a volta... hoje estou satisfeitinha! Gosto destes desafios!Beijinhos