terça-feira, fevereiro 14, 2006

O Primeiro de Todos os Ofícios

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"Ensinar não é uma actividade como as outras. Poucas profissões serão causa de riscos tão graves como os que maus professores fazem correr aos alunos que lhes são confiados. Poucas profissões supõem tantas virtudes, generosidades, dedicação e, acima de tudo, talvez entusiasmo e desinteresse. Só uma política inspirada pela preocupação de atrair e de promover os melhores, esses homens e mulheres de qualidade que todos os sistemas de educação sempre celebraram, poderá fazer do ofício de educar a juventude o que ele deveria ser: o primeiro de todos os ofícios."

Pierre Bourdieu, 1986
(Citado por José Matias Alves em O primeiro de todos os ofícios, Cadernos do CRIAP ASA, nº17)

A Elda. A primeira de todos os professores que se seguiram. Também ela tem culpa na escolha desta profissão que abracei com a alma. Ainda bem que foi minha durante alguns anos! Questão de sorte? De destino, se tal houver? Muito do que sou também se desenhou ao lado dela. Está entre as melhores... (Continuamos a trocar cartas pelo Natal... ano após ano.)
A foto desses dias não é a que deixo aqui. Está bem guardada dentro de mim, por não caber em mais lado nenhum. Obrigada por tudo, minha Amiga!

Faz-me pensar... o primeiro de todos os ofícios... sim.
E o professor do primeiro ciclo:

o Primeiro de todos os Professores?


Para um pedacinho de resposta:
Viajar até este local

e continuar a viagem por aqui...

(Estas viagens já foram sugeridas antes na blogosfera e parece que ninguém sabe muito bem como começou a sugestão, nem onde...)

Recordemos aqui que, para além do Ontário, a Finlândia também investe fortemente na qualidade da formação dos seus professores e nas condições de execução do trabalho, nomeadamente dos que leccionam os alunos mais novos. Ambos os países se preocupam em aplicar os resultados obtidos pela investigação em educação. Os excelentes lugares no PISA parecem confirmar o sentido do investimento.

Formação, exigência, reconhecimento, promoção e adequadas condições de trabalho:
o segredo para construir solidamente as fundações do sucesso da educação de um país?

(É com Alunos, Professores e Pais satisfeitos "que o mundo pula e avança, como bola colorida, entre as mãos de uma criança"...
Desculpem estar sempre a usar este verso do António Gedeão, mas a culpa é dele.)



2 comentários:

subROSA disse...

O meu primeiro professor foi o silêncio do meu avô... O meu segundo professor foi o jornal «A Bola» onde aprendi a ler... para furar o silêncio do meu avô...

Teresa Martinho Marques disse...

Pois... cada "começo" tem a sua história. Já dizia o povo "O silêncio é de ouro"... vê o que ele provocou!