quinta-feira, abril 10, 2008

A ler... (respiração suspensa)

Via outròólhar (A Página da Educação)

uma carta

Senhora Ministra da Educação
Com respeito, mas com firmeza

de

Professor Doutor
Raúl Iturra

(...)Cansado de tanta contradição aprendida fora das aulas, no terreno no qual praticava o Direito e advogava, Raúl Iturra, orientado por Paulo Freire, transferiu-se para a Antropologia Social e foi estudar com um discípulo de R. Redfield, Francisco Reyes. Passou da Pontifícia Universidade Católica do Chile, na qual era Assistente, para a Estatal Universidade do Chile. Continuou na de Edimburgo, Escócia, a fazer o seu Magister em Antropologia e Ciências da Educação, para se mudar para Cambridge, ainda no Reino Unido. Eleito Allende, Presidente do Chile, tornou ao seu país natal. Na sequência do assassinato do Presidente, foi resgatado pelas mãos dos seus professores e amigos Jack Goody e Meyer Fortes, que o levaram ao Magister e Doutoramento em Antropologia Social na sua Universidade de Cambridge, que o asilou. Iturra, pela ascendência basca dos seus ancestrais conquistadores do Chile, teve a contrapartida Redondo de sua mãe, de Alicante, solidária com os nativos do Chile. País do qual é parte ainda que à distância. Aprendeu a sentir a vida que investigava enquanto vivia com os Picunche do Chile, os Galegos de Espanha e os Beirões portugueses, na base dos quais fez teoria que ensinou em vários países. Convidado por Portugal, em 1981, por dois meses, foi ficando como Catedrático do ISCTE, a colaborar na sua criação e a organizar o Departamento de Antropologia. Pratica a Antropologia Económica, apoiado pelo infinito amigo M. Godelier e a Educação, sobre a qual tem baseada a sua obra escrita em vários textos de muitos países, aulas, orientações de pós-graduação e palestras europeias, latino-americanas e, essencialmente, portuguesas. País que fez desses dois meses, uma raiz de identidade. Raul Iturra: acaso, sorte e paixão Descobriu Portugal quase por acaso, salvou-se das prisões de Pinochet por sorte, dedica-se à Antropologia por paixão...

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