segunda-feira, maio 26, 2008

Oásis (eles são o verde, água cristalina e a música que alimenta e acalma...)

... é onde as coisas para mim fazem sentido...
(E como preciso desse sentido nestes momentos!)

Início do trabalho sobre fracções no 5º ano (uma aula de 90 minutos - alguns, poucos, alunos haviam iniciado uma primeira abordagem na aula anterior depois de terem concluído o projecto do caracol)...
Por que não começar do zero sem imensas lições iniciais de preparação, usando apenas o manual (os alunos consultam-no autonomamente em busca de ideias e informação) e o Scratch como ferramenta, deixando os alunos apropriarem-se de alguns conceitos, designações, formas de representar fracções... a partir da construção de situações por si criadas? Quando chegar o tempo na aula de falar no assunto - já esta semana - o sentido será maior, o interesse, o envolvimento surgirão mais naturalmente, ancorados na necessidade de melhorar os projectos e de os tornar mais complexos. Não é assim que o engenho surge?
Sim, sim, também vou ensinar muitos algoritmos e tal e regras e tal, mas de forma a que, pelo significado que acabam por atribuir à tarefa, não sejam coisas para esquecer em dias... ou nas férias. Será que as almas que centram excessivamente a abordagem nos procedimentos não percebem que eles não se perpetuam na mente a seco? Como farão a um filho seu que não decore nunca mais a tabuada? Batem-lhe até o medo o condicionar? É que palavra de honra que gostava de fazer um estudo de/sobre todos os filhotes de quem acha que é fácil fazer as crianças decorarem tudo o que achamos que devem decorar... e... decorar para sempre, nestes tempos de enorme dispersão digital (em que os pais são os primeiros cúmplices), em que as cabeças estão cheias de mil coisas, de mil aprendizagens informais que acontecem todos os dias! Ensinem-me o truque que eu agradeço! É que também sou professora muito ligadinha aos formalismos e ao domínio dos procedimentos... os alunos bem sabem da minha exigência, mas procuro usar caminhos que os estabilizem de uma vez por todas dentro dos alunos. Se consigo melhor do que os outros? Não sei. Mas que tento com muito empenho e energia, lá isso tento...

E hoje em vez de scratch time (mais oásis) com os meus meninos (tanta falta fazia para prolongar o entusiasmo da aula da manhã) tenho reunião para recolher os MSDTMIDT:oTCOMM
(montros sugadores do tempo mais importante de todos : o tempo com os meus meninos)











1 comentário:

Anónimo disse...

Um poema "palavra" de Eugénio de Andrade,
Uma frase de Gothe
Uma canção "namoro" do Sergio Godinho,
E um coração desenhado na areia.
Tantas coisas juntas, e todas tão boas, que só dá vontade de as mostrar aqui na teia
http://sophiamar.blogspot.com/2008/04/estou-sem-palavras.html