sábado, janeiro 28, 2006

Às avessas


Apetecia-me algo... (Não, não é aquele "doce" divino.)
Algo assim... diferente...
(Utopia? Acho que não...)

O que temos:
Cheguei ontem à escola bem cedo.
Procurei consolo num café quente e curto
para o dia longo.
A máquina conseguiu fazer-me rir. E pensar.
Ofereceu primeiro a colher.
Despejou lentamente o café.
Finalmente... deixou cair o copo.
(O dinheiro? Guardou-o para ela.)



O que acontece:
Beijei um príncipe
transformou-se num sapo.
Beijei o sapo
nadou um girino.
Dei-lhe um beijinho
ficou pequenino
e voltou a viver
dentro do ovinho.



O que me apetecia:

Apetecia que chovesse
de baixo para cima
na barriga das nuvens.
Apetecia que os rios
fugissem do mar
e caminhassem para montante
todos juntos
para ver
onde conseguiam chegar...
(para variar?)
Apetecia um dia a começar no pôr-do-sol e a terminar com ele a nascer no mar.

4 comentários:

matilde disse...

Às avessas... Sim, sabia bem um dia às avessas, para aprendermos de novo a dar atenção às coisas simples que acontecem no dia-a-dia e para as quais nem sequer olhamos.

Bem... tudo às avessas excepto a parte de o café cair antes do copo e depois da moeda ;-)

Um bjnho.

Teresa Martinho Marques disse...

E o mais incrível... é que aconteceu mesmo! Foi um dia em que a máquina de café resolveu enlouquecer... logo pela manhã, este era o serviço que nos prestava e que deu origem a uma crónica que publiquei no Correio da Educação da ASA. Às vezes a realidade é mais engraçada que a ficção... ou mais estranha... (Se pensarmos em tudo o que tem acontecido...). Beijinhos!

matilde disse...

Ok...Obrigada pelo recado ;-)

Teresa Martinho Marques disse...

Felizmente, de madrugada, a ligação regressou... mas está tipo "pisca-pisca"... ora acende, ora apaga... Foi por isso que adiantei serviço. Vim agradecer também ao Paizão Ed a ajuda na divulgação do problema... veremos se, de manhã e durante o dia, a "coisa" estabiliza... Pensei que seria do modem (que precisa de arranjo urgente), mas talvez fosse do próprio servidor... não sei. Não percebo nada de máquinas... "Eu...é mais bolos." (Lembram-se do Herman José quando tinha graça?)